As espécies exóticas são, hoje em dia, a segunda causa da perda da diversidade biológica do planeta (a primeira é a destruição de habitats feita pelo homem). Isso causa aos países problemas ambientais, econômicos e sociais.
De acordo com 2ª Convenção Internacional sobre a Diversidade Biológica define-se espécie exótica como uma espécie fora de sua área de ocorrência; já espécie exótica invasora é definida como uma espécie que ameaça ecossistemas, habitats ou espécies. Segundo a pesquisadora Sílvia Ziller, do Instituto Hórus, espécies exóticas invasoras não apenas sobrevivem e se adaptam ao novo meio, mas passam a exercer processos de dominância sobre a biodiversidade nativa. Alteram características naturais e o funcionamento de processos ecológicos, incorrendo em quebra de resiliência de ecossistemas naturais, redução de populações de espécies nativas e perda efetiva de biodiversidade.
O grande problema das espécies exóticas invasoras é que não tendo predadores, para limitar sua população, elas se expandem afetando o ambiente, a saúde e a economia. “Os métodos de controle e erradicação variam de acordo com cada espécie e precisam envolver princípios éticos, afinal as espécies não têm culpa de estar num ambiente fora de casa”, diz Sílvia Ziller
O grande problema das espécies exóticas invasoras é que não tendo predadores, para limitar sua população, elas se expandem afetando o ambiente, a saúde e a economia. “Os métodos de controle e erradicação variam de acordo com cada espécie e precisam envolver princípios éticos, afinal as espécies não têm culpa de estar num ambiente fora de casa”, diz Sílvia Ziller
Segundo o Secretariado de Convenção sobre Diversidade Biológica, as espécies exóticas invasoras já contribuíram, desde 1.600 com 36% dos animais extintos.
O modelo globalizado do mundo (por exemplo: meios de transportes mais rápidos) de hoje favorece a que espécies exóticas se propaguem por todos os lugares, transformando-se num fenômeno a nível mundial.
O modelo globalizado do mundo (por exemplo: meios de transportes mais rápidos) de hoje favorece a que espécies exóticas se propaguem por todos os lugares, transformando-se num fenômeno a nível mundial.
Vejamos alguns que estão presentes na bacia do Rio Jaguarão e Lagoa Mirim:
Mexilhão Dourado
Nome científico: Limnoperna fortunei
O uso de água armazenada nos grandes navios marítimos para obter maior estabilidade, ajudar na propulsão e em manobras, a chamada “água de lastro”, é o principal meio de introdução de organismos marinhos em ambientes aquáticos, tanto marinhos como de água doce. Em todo o mundo são transferidas anualmente cerca de 12 bilhões de toneladas de “água de lastro”, que transportam aproximadamente 4.500 espécies diferentes. No Brasil, aproximadamente 95% de todo o comércio exterior é feito por via marítima e estima-se que 40.000 navios visitem os portos brasileiros anualmente, deslastrando 40 milhões de toneladas de água por ano (Silva & Souza, 2004). Pela “água de lastro” a espécie de bivalve de água doce Limnoperna fortunei (Dunker, 1857) foi introduzida no estuário do rio da Prata, em 1991, provavelmente trazido por navios da Coréia e Hong Kong (Pastorino et al., 1993).
(Extraído do Doc. 64, de dezembro de 2004 - EMBRAPA
Área de ocorrências do mexilhão dourado no Brasil (fonte:www.mma.gov.br/aguadelastro) |
O mexilhão-dourado mata o junco (Scirpus californicus) envolvendo a raíz e apodrescendo a planta. Também ataca aguapés. Mata por sufocamento moluscos nativos como Pomacea canaliculata (caramujo). Desde de sua invasão na Bacia do Prata, a densa colonização de Limnoperna fortunei em subtratos duros modificou a presença e abundância de vária espécies nativas de macroinvertebrados, homogenizou o habitat e alterou a dieta de peixes mudando totalmente a dieta, dos mesmos, devido à introdução do molusco. A invasão pelo mexilhão dourado altera rapidamente as comunidades bentônicas, favorecendo assim o assentamento de outras espécies com potencial invasor.
Mexilhão dourado fotografado pelo autor na foz do Rio Jaguarão /Rs
Javalí
Nome Científico: Sus scrofa scrofaFamília: Suidae
Origem: Continente Africano
Palavra de origem árabe, "djabali", significando porco montanhês. Na Argentina foi introduzido em 1914 e 1916 por Pedro Luro na estância San Huberto, província de La Pampa.
Foto extraida de www.unico.unidavi.edu.br/.../2009/06/javali.jpg
Em nossa região causa grandes problemas em lavouras de arroz. Segundo notícia vinculada na Folha do Estado de São Paulo, do dia 16/maio/2005, pesquisadores do Inst. Hórus acreditam que a invasão desse animal no Rio Grande do Sul, deu-se, em 1989, pelo Rio Jaguarão, durante uma grande estiagem.
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